A Família Perfeita!
Posted: 31/08/2016 by Unknown inEla não compreendia a personalidade daquela mulher, ela tinha medo, raiva...tudo de uma só vez! Ver mães e filhas juntas, toda vez que saia lhe incomodava de forma indescritível!
O tempo estava passando...e se "moldar" do jeito que sua "mãe" esperava também de nada estava adiantando. Infelizmente a jovem nunca pudera compreender o porquê de seu pai ter segurado a velha aquela noite, pedindo-lhe em berros para que subisse ao seu quarto novamente, esta não olhou para trás, mas pudera ter certeza de que sua "mãe" não encontrava-se sóbria de fato. E daquela noite em diante não fora tão diferente entre Sábados e Domingos, sua "mãe" passara a beber com uma certa frequência, a velha chegara até mesmo a se mutilar, queimar-se, dentre outras demais pequenas torturas, enquanto clamava ao nome de Jesus Cristo.
É claro que aquilo iria assustar a garota, e também...tanto "esforço" jogado fora, se ela soubesse que seria algo tão vão, "converter-se" para nada!
Detestava aquela igreja! Odiava na realidade ter que fingir ser algo que não era! O que adiantava ir á igreja afinal!? A própria Bíblia já mencionava:
"Chega!" Pensou a jovem cabeça imatura desta.
Era uma noite de calor infernal, e a mando do pai esta havia colocado um colchão no quarto do casal, a "mãe" desta subira para o quarto mais tarde, e como era de se esperar, embriagada.
A velha atravessou o quarto, visando a janela, tendo assim, seu pai, ter que tomar as rédeas da situação mais uma vez. O homem tomou a velha pelo tornozelo, visto que esta já estava sentada á beirada da janela que outrora já encontrava-se aberta:
- Me soltaaaaa...me deeeeiiiixaaaááá
Se punha a chorar a mesma.
A garota correra para acender a luz do quarto, visto que a mulher havia queimado os próprios lábios com um isqueiro...( esta era fumante, caso tenham esquecido) digamos que aquilo fora o suficiente para chocar a jovem em relação á bebidas.
A Garota não se comovera com tal cena, mas fora ajudar o pai. Envolvera a velha com seus braços pelo pescoço desta, a puxando para cima de sí, pesada...muito pesada, ambas caíram ao colchão da jovem.
- ...
A jovem, depois de tanto tempo, começara a se adaptar agora. Aquela mulher jamais estaria satisfeita com sua vida, casamento, casa, religião...
Mas agora a jovem se recusara a ficar com aquela "mascara", sim, ela estava sã das consequências, ou talvez não, afinal, para seu nível de malícia, não sabia o que lhe aguardava.
Para a surpresa da jovem a "mãe" logo largara da bebida, estranho, de fato, mas o que ela aprontaria agora?
Tanto tempo já havia se passado, e a jovem não compreendia como ou porquê de não conseguir adaptar-se aos "seus", tentou moldar-se, "jogar"...no fundo no fundo, mesmo ciente de que talvez levasse uma vida deplorável ao lado destes não abriria mão deles, pois afinal de contas, era melhor equilibrar-se em risco á beirada daquele abismo familiar, do que simplesmente jogar-se no mesmo sem fim, escuro e sombrio, mas a Garota estava crescendo, e junto disto sua malicia também o fazia. Seria egoísmo dela, pensar somente nela mesma? Portar-se de forma santificada não agradara a insatisfeita "Mãe", mesmo que esta tenha o feito não verdadeiramente, é claro, outrora por certo ponto de vista, valera a pena, visto que a velha, cada vez mais velha, não se satisfazia com nada!
O tempo passava, e a Garota apenas obedecia sua "Mãe", e a cada dia que se ia, entre suas crises convulsivas semestrais, tornava a rebeldia e a irônia suas melhores amigas. Seu remorso havia sido morto á algum tempo para com sua "Mãe", pois entre estes dias, pensara na causa da velha possuir tal comportamento, pensara se tal poderia justificar a mesma, a fim de dar-se a sí mesma uma razão para compreende-la, mas aquele rancor parecia falar bem mais alto.
O ano estava para virar, a discórdia prevalecia naquele lar, e cansada de evitar a mesma, a jovem apenas contribuíra para tal. Agora eram novos ares, a "Mãe" da Garota fizera questão de mudar-se para perto de sua mãe agora, para variar, mesmo depois do ocorrido entre a tia e sua "Mãe", a velha alegara estar cansada de sentir-se sozinha no mundo, afinal de contas, com o decorrer do ano que havia se passado, o laço afetivo entre a prima da Garota e sua "Mãe" haviam ficado mais fortes, e a garota também não possuía nada contra a prima que, até então, lhe tratava bem, mesmo não sendo um elo de paz entre a Garota e sua "Mãe", a jovem e sua prima tinham bons momentos juntas.
A Garota desconhecia a razão da qual sua prima tanto visava ficar ao lado de sua "Mãe", mas mal ela sabia que a jovenzinha passava por algo mais ou menos similar com sua tia, apenas menos agressivo, tomou conhecimento após uma semana morando ali perto de seus "avós", convivendo entre: "Não me chame de avó, mas Senhora", "Você não é minha neta" e "Aqui as coisas são diferentes"; Se viu imersa no mundo de sua "Mãe", longe daqueles que esta considerava ser seu porto-seguro.O convívio entre sua "Mãe" e sua "Avó" também não era um mar de rosas, diferente da Garota, sua "Mãe" muitas vezes desdobrava-se em perdões para com sua "Avó", degladiando com sua "Tia", enquanto seu pai, imerso em gargalhadas pelo jeito que seu Avô, nunca sóbrio, gritava entre as 3, todos os sábados e domingos. Agora era apenas ela e sua prima.


Sua historias sao emocionante, sempre quase choro quando leio elas! Queria poder conversar com voce