Razão x Emoção
Posted: 08/04/2015 by Unknown in
Com memória e sanidade recuperadas, a jovem se preparava para o grande dia, o dia em que, olharia para aquela criatura selvagem, que do nada havia lhe atacado, sem mais, nem menos, e com desprezo e gosto, assistiria seu, "confinamento juvenil."
Enquanto isso, ambas teriam de ir á escola normalmente, afinal, neste país, o que um bom Brasileiro faz, é esperar por justiça. Após sua recuperação, naquela Segunda-Feira, em sua escola, muitas curiosidades e rumores emergiam pela escola, muitas até, diretamente para com a garota! Tais como, típicos "cochichos", audíveis e propositais, para que esta ouvisse, mesmo que distorcidamente, mas o ápice das fofocas, chegaram naturalmente aos seus ouvidos, em forma de plena confirmação, e pura espontaneidade de duas jovens, da mesma sala pertencente à sua agressora.
As jovens, de bonita aparência e simpatia á parte, se aproximaram naturalmente desta, e simplesmente questionaram-lhe:
- Foi você a menina que bateu nela?
A garota, que até então, sentira um pequeno temor em ser vista com desdém por todos na escola, fosse de forma desprezível, ou então piada geral, ficara meio perplexa com a pergunta desta, mas era melhor ser franca, do que mentirosa.
- Veja... eu ap...
- Ai, pelo amor de Deus! Diga que sim! Ela é insuportável!
Mencionou a colega da outra, lhe interrompendo.
A garota simplesmente não creia naquilo, ficou tão explicito, o sentimento de esperança da menina, sorriso de orelha a orelha, ansiosa para um "sim", que até se surpreendera!
Não que fosse de seu anseio, querer aquilo, para falar a verdade, repudiara um pouco tal alegria alheia, afinal de contas, o tópico era agressão física, não via aquilo com bons olhos, apesar de que, a mesma havia lhe agredido, por razão tão fútil.
- Deixa ela falar!
Exclamou a curiosa, voltando o olhar para a garota.
- ... Sim ... fui eu.
A alegria das duas, deixou-se transparecer então.
- Nossa! Que bom! Tava na hora daquela folgada levar uma surra, eu mesma estava quase fazendo isso!
A garota então sorriu de forma incerta para ambas, descontraindo-se com risos simpáticos.
- Você é minha heroína! Até mais!
As meninas então voltaram para seu canto, no pátio.
A própria garota, questionou-se, do porque demônios deu aquela resposta! Seu medo de tornar-se um alvo fácil novamente, em uma escola, havia lhe tomado conta momentaneamente, para ela, talvez, uma decisão impensada positiva.
Na Terça-feira, não houve outro assunto, ela havia se tornado, definitivamente, a garota que havia batido, não a que havia apanhado, percebeu por reações á parte, maioria ali, se fez feliz com o rumor, e de brinde, a garota havia "conquistado", um respeito básico, que, por opinião própria, deveria haver entre todos.
Na própria visão da garota, ver estudantes alegres, pelo forte rumor de que, a outra que havia apanhando, não era bem um grito de vitória, apesar do mediano respeito ali conquistado na escola, alguma coisa lhe trazia incômodo. Desprovida de seu natural temor em, dialogar com outros colegas, procurou saber mais a respeito da agressora, afinal de contas, não sabia nada á respeito da garota.
Se aproximou da mesma jovem, que havia comemorado anteriormente, em saber da noticia.
A jovem recebeu a garota alegre, da mesma forma que anteriormente, entre risadas simpáticas, disse á garota que, ninguém suportava a agressora (agora agredida), que esta implicava com tudo e todos, sem motivo ou razão para justificar.
Fora uma conversa curta, mas que de nada lhe ajudou, a jovem então agredeceu e se retirou.
Sua agressora possuía uma aparência... judiada, apesar de saúdavel, cabelos mal cuidados, vestes desgastadas, (burlando a regra de uniforme da escola), questionou á si mesma, se a agressora, talvez, não tivesse tido alguma razão, ou motivo, para ser daquela forma tão ranzinza e... insuportável como diziam.
A jovem sabia que, graças á Deus, já não lidava com garotinhas mimadas de uma escola particular, e se, irônicamente, também fosse vista como uma mimadinha ali?
Havia mil e uma possibilidades.
O dia estava chegando, e apesar da garota tentar compreendeer a razão, da qual sua agressora era de determinado jeito, não abriu mão de seu orgulho próprio.
No dia do juízado de menores, fez questão de vestir sua melhor roupa, seu melhor salto, e até mesmo alisar suas lindas madeixas. Sua acompanhante seria sua avó paterna, que, pela manhã, havia lhe visitado.
Havia acordado em uma vibe já negativa, sua avó materna, quando vira a garota arrumada, começou a ofender a mesma, já que a garota havia caprichado no lápis preto, batom rosa e sombra escura. Tirando proveito da avó paterna estar a seu lado, olhou para sua avó materna, e colocando sua mão destra sobre o ombro de sua avó paterna, com um sorriso irônico, lhe proferiu as seguintes palavras:
- Esta vendo essa senhora?
Olhou sorridente, para a mãe de seu pai.
- Ela SIM! É uma avó de verdade.
Os olhos da mãe de sua mãe, se arregalaram, em seguida, lacrimejaram-se falsamente, retornando assim para sua casa logo após.
- Porque disse isso á ela!?
Perguntou a mãe de seu pai.
- Falei alguma mentira?
Sua avó rira, totalmente sem graça.
A jovem estava definitivamente, de saco cheio aquele dia. Seu pai levaria ela e sua avó, para o juízado de menores, de carro.
Após chegar no lugar, a garota se surpreendeu um pouco, havia pouca organização, e outro detalhe interessante era que, só havia garotas! Até mesmo sua avó, lhe fitou com ar de duvida ao semblante.
- Com licença...este juizado de menores é misto?
Perguntou a avó, para a segurança na porta.
- Sim Senhora, é o único de Artur Alvim.
Respondeu a segurança.
Não havia um garoto sequer no recinto! Todas eram garotas de, 12 á 14 anos, e o lugar ainda era misto.
Em cerca de 20 minutos, a agressora havia chegado, orgulhosa e ironicamente sorrindo para a garota, ainda que com lágrimas no olhar. Ambas deporiam em salas diferentes, mas a versão da agressora surpreendera, pois, ambas foram notificadas das versões de cada uma.
Na versão da agressora, a jovem havia xingado sua mãe, e mirado a bola de basquete, propositalmente em sua cabeça, no intuíto de lhe machucar.
A "juíza", havia lhe perguntado se era verdade, a jovem negou, não havia feito nada de propósito, pois tão pouco falava com a agressora. O que vinha a comprovar que a garota falava a verdade, eram os resultados de seus exames médicos, que tivera de fazer na cabeça, em demanda de sua avó paterna.
Ambas então foram encaminhadas para uma provável, sala de espera, nesta havia mais garotas ainda! Algumas utilizavam um uniforme de cor azul, outras se trajavam normalmente, mas todas sentadas nos bancos ali.
Em 15 minutos, uma senhora de idade adentrou a sala em desespero, (acredito que sem permissão, pois havia 2 seguranças atrás desta), chorando em profunda agonia, esta gritava e berrava o nome de sua agressora, a questionando em berros, do porque havia feito aquilo, que havia 3 irmãos para criar...
Sua agressora se pôs a chorar então, logo em seguida, após a velha senhora ser retirada da sala, a avó da jovem adentrou, e sentou-se ao seu lado. Parece que de alguma forma, sua avó havia conseguido informações de sua agressora.
- Ela não tem família, a mãe morreu de tanto beber, e o pai foi preso por abusar sexualmente dela, ela tem...3 crianças para cuidar, quem ajuda é a avó, é a única responsável.
A jovem se surpreendeu com tal noticia, será que aquele jeito dela, não seria pelas dificuldades de sua vida? Por mais que, tivesse achado futilidade desta, lhe bater por causa de um rapaz, aquilo justificava muita coisa.
Passado-se uma hora de espera, ambas foram chamadas para uma sala diferente, nesta sala havia um homem enorme, trajava-se de roupas negras e gravata vermelha, falou então o nome da garota.
- Você, deseja que sua agressora seja confinada diretamente? Por, lhe agredir, física e verbalmente?
A agressora tem alguma justificativa?
Falou este, voltando o olhar para a mesma.
- Não...
Falou a mesma, cheia de orgulho.
- Perdão...posso? ...
Perguntou a garota diretamente para o homem.
- Fale...
- Teria como...mudar... ? ... Quais as... medidas de disciplina?
A agressora então lhe fitou com ódio, ali ao seu lado.
- Ou o delinquente é encaminhado direto para a febém, ou se submete á serviços comunitários de utilidade pública, por um ano, alguma restrição?
- Eu posso...escolher?
- Minha jovem, já foi concluído o destino dela, a não ser que você reduza as acusações.
- Reduzo...
O homem então começou a mexer em uma enorme papelada em sua mesa.
- Feito!
O homem fitou a garota, e lhe comprometeu á serviços comunitários, por um ano.
Ambas saíram juntas, no meio do corredor, sua agressora lhe questionou:
- Você é retardada?!
- Tento não ser.
Respondeu a garota, sem olhar para o lado.
Enquanto isso, ambas teriam de ir á escola normalmente, afinal, neste país, o que um bom Brasileiro faz, é esperar por justiça. Após sua recuperação, naquela Segunda-Feira, em sua escola, muitas curiosidades e rumores emergiam pela escola, muitas até, diretamente para com a garota! Tais como, típicos "cochichos", audíveis e propositais, para que esta ouvisse, mesmo que distorcidamente, mas o ápice das fofocas, chegaram naturalmente aos seus ouvidos, em forma de plena confirmação, e pura espontaneidade de duas jovens, da mesma sala pertencente à sua agressora.
As jovens, de bonita aparência e simpatia á parte, se aproximaram naturalmente desta, e simplesmente questionaram-lhe:
- Foi você a menina que bateu nela?
A garota, que até então, sentira um pequeno temor em ser vista com desdém por todos na escola, fosse de forma desprezível, ou então piada geral, ficara meio perplexa com a pergunta desta, mas era melhor ser franca, do que mentirosa.
- Veja... eu ap...
- Ai, pelo amor de Deus! Diga que sim! Ela é insuportável!
Mencionou a colega da outra, lhe interrompendo.
A garota simplesmente não creia naquilo, ficou tão explicito, o sentimento de esperança da menina, sorriso de orelha a orelha, ansiosa para um "sim", que até se surpreendera!
Não que fosse de seu anseio, querer aquilo, para falar a verdade, repudiara um pouco tal alegria alheia, afinal de contas, o tópico era agressão física, não via aquilo com bons olhos, apesar de que, a mesma havia lhe agredido, por razão tão fútil.
- Deixa ela falar!
Exclamou a curiosa, voltando o olhar para a garota.
- ... Sim ... fui eu.
A alegria das duas, deixou-se transparecer então.
- Nossa! Que bom! Tava na hora daquela folgada levar uma surra, eu mesma estava quase fazendo isso!
A garota então sorriu de forma incerta para ambas, descontraindo-se com risos simpáticos.
- Você é minha heroína! Até mais!
As meninas então voltaram para seu canto, no pátio.
A própria garota, questionou-se, do porque demônios deu aquela resposta! Seu medo de tornar-se um alvo fácil novamente, em uma escola, havia lhe tomado conta momentaneamente, para ela, talvez, uma decisão impensada positiva.
Na Terça-feira, não houve outro assunto, ela havia se tornado, definitivamente, a garota que havia batido, não a que havia apanhado, percebeu por reações á parte, maioria ali, se fez feliz com o rumor, e de brinde, a garota havia "conquistado", um respeito básico, que, por opinião própria, deveria haver entre todos.
Na própria visão da garota, ver estudantes alegres, pelo forte rumor de que, a outra que havia apanhando, não era bem um grito de vitória, apesar do mediano respeito ali conquistado na escola, alguma coisa lhe trazia incômodo. Desprovida de seu natural temor em, dialogar com outros colegas, procurou saber mais a respeito da agressora, afinal de contas, não sabia nada á respeito da garota.
Se aproximou da mesma jovem, que havia comemorado anteriormente, em saber da noticia.
A jovem recebeu a garota alegre, da mesma forma que anteriormente, entre risadas simpáticas, disse á garota que, ninguém suportava a agressora (agora agredida), que esta implicava com tudo e todos, sem motivo ou razão para justificar.
Fora uma conversa curta, mas que de nada lhe ajudou, a jovem então agredeceu e se retirou.
Sua agressora possuía uma aparência... judiada, apesar de saúdavel, cabelos mal cuidados, vestes desgastadas, (burlando a regra de uniforme da escola), questionou á si mesma, se a agressora, talvez, não tivesse tido alguma razão, ou motivo, para ser daquela forma tão ranzinza e... insuportável como diziam.
A jovem sabia que, graças á Deus, já não lidava com garotinhas mimadas de uma escola particular, e se, irônicamente, também fosse vista como uma mimadinha ali?
Havia mil e uma possibilidades.O dia estava chegando, e apesar da garota tentar compreendeer a razão, da qual sua agressora era de determinado jeito, não abriu mão de seu orgulho próprio.
No dia do juízado de menores, fez questão de vestir sua melhor roupa, seu melhor salto, e até mesmo alisar suas lindas madeixas. Sua acompanhante seria sua avó paterna, que, pela manhã, havia lhe visitado.
Havia acordado em uma vibe já negativa, sua avó materna, quando vira a garota arrumada, começou a ofender a mesma, já que a garota havia caprichado no lápis preto, batom rosa e sombra escura. Tirando proveito da avó paterna estar a seu lado, olhou para sua avó materna, e colocando sua mão destra sobre o ombro de sua avó paterna, com um sorriso irônico, lhe proferiu as seguintes palavras:
- Esta vendo essa senhora?
Olhou sorridente, para a mãe de seu pai.
- Ela SIM! É uma avó de verdade.
Os olhos da mãe de sua mãe, se arregalaram, em seguida, lacrimejaram-se falsamente, retornando assim para sua casa logo após.
- Porque disse isso á ela!?
Perguntou a mãe de seu pai.
- Falei alguma mentira?
Sua avó rira, totalmente sem graça.
A jovem estava definitivamente, de saco cheio aquele dia. Seu pai levaria ela e sua avó, para o juízado de menores, de carro.
Após chegar no lugar, a garota se surpreendeu um pouco, havia pouca organização, e outro detalhe interessante era que, só havia garotas! Até mesmo sua avó, lhe fitou com ar de duvida ao semblante.
- Com licença...este juizado de menores é misto?
Perguntou a avó, para a segurança na porta.
- Sim Senhora, é o único de Artur Alvim.
Respondeu a segurança.
Não havia um garoto sequer no recinto! Todas eram garotas de, 12 á 14 anos, e o lugar ainda era misto.
Em cerca de 20 minutos, a agressora havia chegado, orgulhosa e ironicamente sorrindo para a garota, ainda que com lágrimas no olhar. Ambas deporiam em salas diferentes, mas a versão da agressora surpreendera, pois, ambas foram notificadas das versões de cada uma.
Na versão da agressora, a jovem havia xingado sua mãe, e mirado a bola de basquete, propositalmente em sua cabeça, no intuíto de lhe machucar.
A "juíza", havia lhe perguntado se era verdade, a jovem negou, não havia feito nada de propósito, pois tão pouco falava com a agressora. O que vinha a comprovar que a garota falava a verdade, eram os resultados de seus exames médicos, que tivera de fazer na cabeça, em demanda de sua avó paterna.
Ambas então foram encaminhadas para uma provável, sala de espera, nesta havia mais garotas ainda! Algumas utilizavam um uniforme de cor azul, outras se trajavam normalmente, mas todas sentadas nos bancos ali.
Em 15 minutos, uma senhora de idade adentrou a sala em desespero, (acredito que sem permissão, pois havia 2 seguranças atrás desta), chorando em profunda agonia, esta gritava e berrava o nome de sua agressora, a questionando em berros, do porque havia feito aquilo, que havia 3 irmãos para criar...
Sua agressora se pôs a chorar então, logo em seguida, após a velha senhora ser retirada da sala, a avó da jovem adentrou, e sentou-se ao seu lado. Parece que de alguma forma, sua avó havia conseguido informações de sua agressora.
- Ela não tem família, a mãe morreu de tanto beber, e o pai foi preso por abusar sexualmente dela, ela tem...3 crianças para cuidar, quem ajuda é a avó, é a única responsável.
A jovem se surpreendeu com tal noticia, será que aquele jeito dela, não seria pelas dificuldades de sua vida? Por mais que, tivesse achado futilidade desta, lhe bater por causa de um rapaz, aquilo justificava muita coisa.
Passado-se uma hora de espera, ambas foram chamadas para uma sala diferente, nesta sala havia um homem enorme, trajava-se de roupas negras e gravata vermelha, falou então o nome da garota.
- Você, deseja que sua agressora seja confinada diretamente? Por, lhe agredir, física e verbalmente?
A agressora tem alguma justificativa?
Falou este, voltando o olhar para a mesma.
- Não...
Falou a mesma, cheia de orgulho.
- Perdão...posso? ...
Perguntou a garota diretamente para o homem.
- Fale...
- Teria como...mudar... ? ... Quais as... medidas de disciplina?
A agressora então lhe fitou com ódio, ali ao seu lado.
- Ou o delinquente é encaminhado direto para a febém, ou se submete á serviços comunitários de utilidade pública, por um ano, alguma restrição?
- Eu posso...escolher?
- Minha jovem, já foi concluído o destino dela, a não ser que você reduza as acusações.
- Reduzo...
O homem então começou a mexer em uma enorme papelada em sua mesa.
- Feito!
O homem fitou a garota, e lhe comprometeu á serviços comunitários, por um ano.
Ambas saíram juntas, no meio do corredor, sua agressora lhe questionou:
- Você é retardada?!
- Tento não ser.
Respondeu a garota, sem olhar para o lado.

Luana é uma história envolvente, Luana seguindo seu blog vem conhecer o meu blog também beijos.
http://www.lucimarestreladamanha.blogspot.com.br/