O Jogo.
Posted: 21/03/2015 by Unknown in
A obsessão doentia da "mãe" da jovem, sem que a própria garota percebesse, depois de ter se tornado mocinha, havia aumentado. Parece que aquele ocorrido na escola, até então, havia se espalhado como vírus contagioso para todos! Em resumo detalhado, algo comum, para qualquer garota de sua idade, ao ver da "mãe" da jovem, era um delito criminoso contra Deus. A cada dia que se passava, tirando o fato da jovem ser cada vez mais desprezada na escola, por suas "colegas", sua, "mãe", parecia enlouquecer cada vez mais! Nota-se, até então, que, a família da garota era cegamente cristã, mas uma coisa é ser um fanatista intolerante, a outra é, nem sequer, saber seguir corretamente a religião, e enlouquecer á si mesmo e aos outros á sua volta com isso.
A igreja que esta frequentava com sua família, para a época alienada, era extremamente rigorosa.
Nesta igreja, as mulheres não podiam fazer uso de; Calças, (tanto feminina quanto masculina), regatas, ou qualquer outro tipo de blusa ou camiseta, que deixasse os ombros ou decote á mostra, não podiam cortar seus cabelos, (assim como os rapazes, não podiam ter cabelos compridos), não poderiam de forma alguma, fazer uso de, brincos, pulseiras, anéis, (exceto aliança,) ou colares, (segundo os mesmos, isso alimentava a luxúria na alma de seus fiéis), saias acima, ou na altura dos joelhos, significaria que a fiel estaria debochando da cara de Deus.
Todas as mulheres e meninas faziam uso de um véu branco, de renda em suas cabeças, assim que adentravam á igreja, (homens e garotos, sempre de terno e gravata), nesta igreja também não havia pastores, como de costume, mas havia o ancião, (aquele que dá a palavra), e claro, mulheres sentavam-se á esquerda e homens á direita, (ou vice-versa, dependendo de onde era situada a igreja.) Na igreja, as mulheres podiam tocar órgão e fazer a limpeza, já os rapazes e homens possuíam múltiplas escolhas, eles compunham a orquestra, violinistas, trompetistas, violoncelistas...e tudo mais que se possa imaginar.
Havia cultos de jovens e menores aos Domingos, que seguiam a mesma regra e doutrina dos cultos comuns á noite, a jovem detestava ter que ir...já que não se enturmava com ninguém, tão pouco a chamavam para conversar aos finais. Ela praticamente fora criada lá dentro, outrora, não podia se queixar, ia calada e voltava quieta, sempre!
Naquela manhã de Domingo, logo após o monótono culto de jovens e menores, após seus pai ir lhe buscar do mesmo, a garota se deparou com a sala de sua casa cheia de imagens! Santos, orixás, velas e incensos acessos. Até mesmo o pai da garota, se surpreendera um pouco, mas este pouco dialogava com a própria filha, apenas a deixou em casa e retornou para seu consultório, calado, apesar da expressão um pouco chocada.
A ordem era, ao voltar para casa, retornar para o quarto. Mas era tanta coisa ali, cartas de tarô, velas pretas e vermelhas, guia cigano, guia ritualístico, pentagramas, cristais. Aquilo sim despertou algum interesse na jovem, sua mãe não estava em casa, fora inevitável "fuçar", mesmo que rapidamente.
Pegou um pequeno livro denominado, "Wicca", e correu para o quarto, sem pensar nas consequências. Conseguiu ler até a 7ª página, quando ouvira a mãe chegar em casa, entretanto, não se alarmara, saberia que se esta subisse as escadas, chamaria á seu nome com antecedência.
Leu muita coisa naquele pequeno livro interessante, muitas até contradiziam a religião da família, o que diabos ela fazia com aquilo na sala?!
Dito e feito, ouvira a "mãe" subir as escadas, e em seguida lhe chamar pelo nome. Rapidamente escondeu o livro debaixo de sua cama, a mulher abriu a porta então, e a jovem manteve-se calada, olhando para a mesma fixamente.
Sua "mãe" segurava na mão o que parecia um tipo de acesso, ou cateter, utilizado em hospitais para soro ou sangue, junto do mesmo aquele saquinho, aonde se colocava o soro, porém, vazio.
- Desce comigo!
- .... O que é isso?
A garota perguntou, um pouco aflita, é claro que ela sabia que era material utilizado em hospitais, ia para lá direto, devido aos problemas que possuía.
- Anda logo.
A jovem então fez sua primeira desobediência na vida! Recuou após levantar-se da cama, inexpressa para com sua "mãe."
- Vai me desafiar?! Tenho que ligar para o seu pai?!
- Não...não vou, estou de castigo, me sinto confusa mãe, não sei porque ganhei a "maldição de Eva", preciso falar mais com Deus. Não é?
- Sim, verdade! Aahh! Deus é pai! Finalmente minha filha está aprendendo!
A mulher se aproximou rapidamente de sua filha, e a abraçou com firmeza! Com um enorme sorriso esboçado aos lábios, derramando uma lágrima de emoção doentia em seguida. Ainda sorrindo, de orelha á orelha, murmurou as seguintes palavras no ouvido da filha:
- Continue assim...limpe a sua alma! Mas para isso, precisa parar de falar com as almas infortunas de fé, na escola.
A mulher apertou a garota com mais força, abraçando-lhe agora a cabeça, a espremia levianamente, propositalmente.
- Eu estou de olho em você!
A jovem arregalou os olhos de pavor, entre a pressão com os braços, que a "mãe" fazia contra a sua cabeça.
Como ela sabia? Ela lhe espionava?! Como ela sabia?!
- Sim....senhora...é para o meu bem.
A jovem não havia se dado conta do que acabara de fazer, ela "jogou" com sua "mãe", pela primeira vez! A mulher tirou o véu da bolsa então, e pediu para que esta orasse durante o castigo, lhe deixando em paz novamente.
Mais tarde, fora presenteada com um peixinho de estimação, ao qual fora nomeado de "Mr.Bubbles."
Não tenho conta no Google + pra seguir mas adorei a história, ela me prendeu, se vc é a protagonista desses ocorridos ñ tenha vergonha diss Se vc ta aqui hj é pq é 1 vitoriosa, virei fã =D