New Game.

Posted: 31/03/2015 by Unknown in
2




Saído do hospital, após recuperar-se, a jovem tentava sem sucesso, lembrar-se do que havia acontecido, antes de ter desmaiado. A enfermeira havia lhe dito que, esta estava tomando banho, para ir á escola, e que do nada havia desmaiado e batido sua cabeça no boxe do banheiro, mas algo naquela história não coincidia. A garota havia se esquecido completamente de tudo, desde o que lhe armaram na escola, até aquela manhã, em que sua "mãe" havia tentado lhe empurrar da escada, e seu pai lhe acertado a cabeça, todavia, preocupou-se com as revistas que comprava escondida, pois ainda lembrava-se do dia em que sua "mãe", havia feito, de sua sala de estar, um verdadeiro templo pagão, ou umbandista, seja lá o que for. 
Por mais que a jovem tentasse "ligar os pontos", sua cabeça não contribuía com nada! Ela percebeu que sua mochila havia sido lavada, reparou livros novos da escola, assim como também percebera que suas revistas não estavam mais lá, mas não seria nem um pouco louca em perguntar á sua "mãe", já que não lembrava-se, seria melhor não se arriscar.

No dia seguinte, preparou-se para ir á escola, pelo menos alguma coisa ali coincidia com a sua memória, todos lhe olhavam torto. Ao anunciar do intervalo, as coisas tomaram outra proporção, suas "colegas", aquelas que haviam feito a "brincadeira" com sangue, e passado de ano, junto com as atuais "colegas" de classe da jovem, haviam preparado outra "surpresa" para a garota.
A mesma, como havia se esquecido de tudo, tratou todos e todas, com a mesma inocência e igualdade de sempre, pois aquele capítulo que havia vivido na escola, naquele dia, havia deixado de existir.
- Bem vinda de novo, boceta fedorenta!
E assim se prosseguiu, em todos os corredores da escola, até metade do intervalo.
A jovem, sem ter a minima noção do que se tratava a ofensa, questionou uma das "colegas."
- Porque estão me tratando assim? O que eu fiz?
A "colega" riu em demasia, chamando á outros nomes em seguida, para que todas rissem da mesma, sem lhe dar resposta alguma. Seu apelido, na verdade, passou a ser, Boceta mal lavada.
Já havia se passado semanas então, e a cortesia a qual lhe tratavam na escola, piorava cada vez mais, de mês em mês, desde, empurrões á puxadas de cabelo, até brincadeiras ácidas, que tomavam proporções esdruxulas, conforme o corpo da garota se modificava com o passar do tempo. Mais uma vez, a jovem sofreu calada. 

Eu sei o que vocês vão pensar, que isso tudo, deve ter traumatizado a garota, não é? Olha, eu posso dizer que, por parte, sim, mas por outro lado, isso a "fortaleceu", como? Bem, apesar da garota ter se esquecido do momento em que, confrontara a própria "mãe", (isso envolve tudo o que a mesma havia se esquecido), ela preservou a emoção vivenciada, o que estou tentando dizer é que, mesmo ela tendo se esquecido de seu feito aquele dia, seu subconsciente não havia deixado de acumular certas...vontades de se expressar atuais, diante á situações que se apresentavam de determinada forma, em outras palavras, seu "monstro" interior havia apenas voltado a dormir.
De qualquer forma, ela passou por tudo aquilo, calada, até as economias da família ficarem apertadas, graças á sua, nada materialista, "mãe." A mulher havia conseguido estourar seu cartão de crédito, e como já mencionado, o pai da garota, apesar de ser dentista, não ganhava tudo isso para se garantir na vida, precisou avô e avó, paternos claro, ajudarem com o dinheiro. Sua família vivia de aluguel desde sempre, a jovem por sí mesma, havia perdido a conta, de em quantas casas havia morado na vida, já que, para ajudar, sua "mãe" formava inimizades por onde passava, com vizinhos, padeiros, carteiros...enfim.

Mais uma mudança ia se decorrer, para a garota, talvez tivesse sido uma boa noticia, mesmo, já esperava por algo parecido. A decaída, como diria sua "mãe", havia sido grande! Sua "mãe" então voltava ás origens, viu-se obrigada a ir morar novamente em Itaquera, e para variar, na casa dos fundos da casa de sua mãe!
Que, mesmo sendo sua mãe, lhe cobrava o aluguel, e ai da mulher se atrasasse á lhe pagar, isso claro, não se aplicava á tia da garota, á qual sua avó favoritava, por lhe dar uma neta de sangue.
A jovem então pudera ficar próxima de sua prima, único membro da família de sua "mãe", que lhe dava alguma atenção positiva, (era o que ela achava).
Mudou-se então para uma escola pública ali perto, que, aparentemente era mais pacifica, tivera uma excelente recepção da escola e dos professores, que, ao invés de ficarem ensinando apenas a Bíblia, ensinavam algo de verdade! A reação dela, em relação á mudar-se para uma moradia trivial? Ela não importava-se, de verdade, aquilo para a jovem era apenas detalhe, diferente de sua "mãe", que queixava-se de estar morando em lugar pequeno, beirada á comunidade, da qual um dia fizera parte em sua juventude.

Apesar daquilo ser revigorante para a jovem, e como poderia ser diferente? Sua presença, na nova escola trouxe algum incômodo sim, para algumas pessoas de sua sala, cuja as condições de vida não cooperavam muito.
A questão é, simplicidade trazia-lhe algum conforto, afinal de contas, era tudo tão diferente, tudo fugia do roteiro obrigatório de antes, a jovem agora tinha certeza de que, talvez, pudesse recomeçar tudo tranquilamente. Claro, não tardou á algumas meninas começarem a lhe provocar, mas tais provocações, perto do que havia passado naquele colégio particular, não eram nada, afinal, bolinhas de papel são relevantes perto de chutes e pontapés, óbvio.

Se ela pudesse mudar algo, estando naquele lugar, ela talvez mudaria o fato de ter que ir para a igreja, mas que maldita igreja é essa, que se encontra em quase todas as regiões! Sim! Ela amaldiçoava o lugar e sua doutrina, sem remorso algum. Conforme o tempo se passava, a jovem foi conseguindo suas amizades, sem sentir-se julgada ou rotulada, mesmo que isso se decorre-se, sem que ela percebesse, e claro, como não poderia ser muito diferente, apaixonou-se pela primeira vez, mas, diferente de outras garotas, esta não tinha nenhum desejo erótico para com o rapaz. Havia apenas se encantado com o jeito calado, introvertido e reservado do jovem, pelo menos era o que o este lhe transmitia em vista.
Pela primeira vez na vida, sentiu-se como uma garota de verdade! Ir para a escola nunca havia lhe feito tão bem, como então fazia-se! Sua colega mais próxima, lhe questionava, vez ou outra, porque não tentava falar com o rapaz, a unica preocupação desta, era não ser agradável aos olhos do mesmo.

Acredito que, ninguém do ciclo de amizade da garota, havia dado com a língua nos dentes, em relação á sua paixonite platônica, ou talvez seja ingenuidade minha crer nisso! Mas enfim, não tardou a noticia chegar aos ouvidos, de pessoas erradas claro. Na sala da garota, haviam duas jovens insuportáveis, que desde o inicio, haviam julgado a garota, por seus materiais escolares, jeito de portar-se, (acredito que tenha sido por causa disso.) Uma delas, pareceu mostrar-se incomodada, com o fato da garota gostar do rapaz, entretanto nada fez com esta, ainda.
O tempo passou, e a jovem fora tomando atitudes, tanto dentro de casa, quanto na escola, talvez pelo fato de sua "mãe" estar ocupada de mais, tentando conseguir algum respeito com sua avó, sem sucesso nenhum.
A garota fez amizade sincera, com o colega mais próximo do rapaz a qual gostava, seguindo então o conselho dado anteriormente, por sua amiga. Bem, vocês sabem que, aula de educação física é a aula em que tudo acontece na vida dessa garota! Nesta escola, esta aula era dada após o intervalo, se não me falha a memória, era treino de basquete, uma das meninas a qual não gostava da garota, não havia faltado, em especifico, justo a que, acredito eu, gostava do mesmo rapaz que a jovem.

A aula ia bem, o dia da garota na escola também. E agora eu vou poder dizer, com prazer, o que de fato se decorreu naquele dia, naquela aula de educação física. A jovem estava treinando basquete, mas a professora não encontrava-se no pátio, que era ao ar livre. A jovem havia feito uma cesta, e a garota que pouco ia-lhe com a cara, encontrava-se logo á baixo da mesma, sem querer, esta havia lhe acertado a bola de basquete, acredito, no nariz da invocada jovem, a garota então, se aproximou da invocada, para ver se esta estava bem, e do nada, apanhou.
A mesma lhe pegou pelos longos cabelos, visou enrolar estes em seu braço direito, passando-lhe em seguida uma rasteira, para que esta caísse ao chão, feito isso, passou a bater a cabeça da garota ao concreto do pátio, inúmeras vezes, até esta desacordar momentaneamente. Mas agora vem a melhor parte, neste exato momento a professora estava retornando ao pátio, ao tentar conter a vira-lata agressiva, (perdão não resisti srsr..) também apanhou da mesma.

A jovem conseguira resistir ao desmaio, acordando tonta ao mesmo momento, e ironicamente, havia se lembrado de tudo o que havia se esquecido anteriormente! Mesmo tonta de tanto apanhar, esta se colocou em pé, enquanto a professora apanhava da cadela, a garota também deixou a sua marca na jovem descontrolada, um arranhão, de sua nuca até a cintura, que, mais tarde, precisara receber pontos (no meio de suas costas apenas), devido ao fato de que ambas haviam se reencontrado, dias depois, no juizado de menores, claro.
Como a jovem não era de aço, e como todos já sabem, esta possuía problemas, já relacionados com sua cabeça, passou a convulsionar novamente, poucas horas depois de todo o ocorrido, quando ambas já estavam na diretoria. A jovem havia resistido á sua convulsão, até alcançar a diretoria, ofegante, para não perder a sanidade, sem muito sucesso, esta havia acordado novamente no hospital, com o Dr.Leonardo lhe afagando os cabelos.

2 comentários:

  1. Anônimo says:

    Ngm gostava da Paola '-' adorei o blog Lu, to acompanhando, da próxima comento fora do anônimo, sei q acha isso chato, mas to sem pc, aahh eswqueci d dizer, vc disse q esse blog eh importante p vc, mas tem uma pessoa q naum comenta nem a pau, manda essa pessoa ir se fuder, vc merece mais.

  1. 八神 says:

    Perdão o que direi mas essas vadias são td umas mal-comidas invejosas,elas nunca serão decentes como a jovem u.u